Critérios diagnósticos (4ª Definição Universal de IAM)
Troponina cardíaca com elevação/queda e valor > percentil 99,
mais evidência de isquemia (qualquer um dos abaixo).
Isquemia clínica: dor típica, dispneia, sintomas autonômicos.
ECG: supra de ST em derivações contíguas ou BRE novo;
depressão de ST/onda T dinâmica compatível com NSTE-ACS.
Imagem: nova alteração segmentar de contratilidade ou
perda de miocárdio viável.
Nota: em reinfarto, re-elevação de troponina >20% do valor precedente fortalece o diagnóstico.
Cinética de biomarcadores
Manejo inicial e reperfusão (tempo-dependente)
0-10 min
ECG imediato (≤10 min) + monitorização; AAS 160-325 mg mastigável;
nitrato SL (se PA/VD ok); analgesia (morfina com parcimônia);
O₂ apenas se SatO₂ <90%.
≤30 min
Porta-agulha (fibrinólise) se STEMI e ICP não disponível
em tempo hábil; avaliar contraindicações absolutas.
≤90 min
Porta-balão (ICP primária) para STEMI — Classe I. Se
tempo total para ICP >120 min, preferir fibrinólise precoce + ICP de resgate.
24-48 h
DAPT (AAS + P2Y12), estatina alta intensidade,
IECA/BRA (especialmente se FE reduzida/DM/HAS),
espironolactona se FE≤40% e IC.
Alta
Reabilitação cardíaca: DAPT por ~12 meses (salvo exceções),
metas lipídicas intensivas; educação para sintomas e adesão.
Prevenção secundária (pós-IAM)
• Estatina alta intensidade — NNT ≈ 20 (5 anos) para prevenir evento maior em alto risco
• Metas lipídicas: LDL <70 mg/dL (alto risco); considerar <55 mg/dL (muito alto risco)
• Metas populacionais + adesão individual